Planos de Contas
Estrutura básica para organização das informações para tomada de decisões
É chamado Plano de Contas o conjunto de contas criadas para atender as necessidades de registros dos fatos administrativos, de forma a possibilitar a elaboração das demonstrações contábeis e dos principais relatórios para atender a todos os usuários da informação contábil. Deve ser personalizado e criado antes do seu uso. Por isso, é necessário planejar a sua estrutura, de maneira que possibilite o melhor dos resultados no trato das informações contábeis.
Seu principal objetivo é estabelecer normas de condutas para registro das operações, levando em conta a necessidade de informação dos gestores da empresa, formato compatível com as normas brasileiras de contabilidade e possibilidade de adaptação às exigências dos agentes externos.
Função do plano de contas
Possibilitar o controle do patrimônio da empresa contabilizada com o registro de todos os fatos administrativos, em rubricas (contas), de maneira que se tenha, de forma rápida e precisa, o valor e a descrição dos elementos patrimoniais e dos resultados em condições de classificação e acumulação de dados.
Usuário da Informação contábil
A contabilidade por ser um sistema de informações, tende a ter inúmeros usuários. O primeiro sempre será os gestores da empresa. Os demais são o governo, credores, fornecedores, clientes, bancos, investidores etc.
Condições para sua elaboração
Tomar certos cuidados, tais como, atender as necessidades de informações de seus principais usuários, a classificação deve partir do geral para o particular, ser codificada, os títulos das contas devem ser claros e precisos, deve ter flexibilidade para ampliação etc.
Codificação e obtenção dos saldos
A sequência de codificação é denominada graduação ou níveis do Plano de Contas. Assim, a primeira codificação 1 e 2 são para as contas patrimoniais (Ativo e Passivo) e 3 para as contas de resultados (Receitas e Despesas), chamadas de Plano de Contas de primeiro grau. A medida que vamos detalhando o plano, denominamos Plano de Contas de segundo grau (para detalhamento do primeiro grau), de terceiro grau (para detalhamento do segundo grau), e assim sucessivamente.
Contas sintéticas e analíticas
São denominadas contas analíticas aquelas que representam os elementos patrimoniais em seu maior grau de detalhamento. Seu saldo é conseguido através de lançamentos, ou seja, dos registros de cada fato administrativo.
São consideradas sintéticas, as contas cujo saldo é conseguido através da somatória do saldo de duas ou mais contas analíticas, ou de duas ou mais contas sintéticas. As contas sintéticas não recebem lançamentos e são os de menor grau.
Elenco de contas
A estrutura do Plano de Contas é complementada por um conjunto de normas, contendo a descrição, a aplicação e critérios sobre o uso de cada uma das contas, denominado de ‘Manual de Contas’. Com a adoção da escrituração digital (SPED) foi elaborado um Plano de Contas Referencial. A empresa deverá cadastrar seu plano de contas próprio e ao mesmo tempo indicar as contas correspondentes no Plano de Contas Referencial. Com este procedimento, pretende-se, que a DIPJ e o LALUR sejam extraídos automaticamente pelo sistema.
Segue como modelo, uma estrutura simplificada de um Plano de Contas com 4 graus:
PLANO DE CONTAS
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1. ATIVO
1.1. ATIVO CIRCULANTE
1.1.1. Caixa
1.1.1.01. Caixa Geral
1.1.2. Bancos Conta Movimento
1.1.2.01. Banco Alfa
1.1.3. Contas a Receber
1.1.3.01. Clientes
1.1.4. Estoques
1.1.4.01. Mercadorias
1.2. NÃO CIRCULANTE
1.2.1. Investimentos
1.2.1.01. Participações Societárias
1.2.2. Imobilizado
1.2.2.01. Maquinas e Equipamentos
1.2.3. Intangível
1.2.3.01. Marcas e Patentes
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2. PASSIVO
2.1. CIRCULANTE
2.1.1. Impostos e Contribuições a Recolher 2.1.1.01. Simples a Recolher 2.1.2. Contas a Pagar 2.1.2.01. Fornecedores 2.1.2.02. Outras Contas 2.1.3 Empréstimos Bancários 2.1.3.01. Banco Alfa
2.2. NÃO CIRCULANTE
2.2.1. Empréstimos Bancários 2.2.1.01 Banco Alfa 2.3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2.3.1. Capital Social 2.3.2.01. Capital Social Integralizado 2.3.2. Reservas 2.3.2.01. Reservas de Capital
2.3.2.02. Reservas de Lucros
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3. RESULTADO DO EXERCÍCIO
3.1. Receita Líquida 3.1.1. Receita Bruta de Vendas 3.1.1.01 De Mercadorias 3.1.2. Deduções da Receita Bruta 3.1.2.01. Devoluções
3.1.3. Impostos sobre Vendas
3.1.3.01. Icms
3.2. Custos
3.2.1. Custos das Mercadorias
3.2.1.01. Custos das Mercadorias Vendidas
3.3. Despesas Operacionais
3.3.1. Despesas Comerciais
3.3.1.01. Comissões de vendas
3.3.2. Despesas Administrativas
3.3.2.01. Salários.
3.3.3. Receitas Financeiras
3.3.3.01. Receitas de Aplicações Financeiras
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